18 de set. de 2009

Cuidado com os Burros Motivados

Nossa sociedade ensina que para ser uma pessoa de sucesso voceê precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, viajar na primeira classe.
O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso é loucura!!!
Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários que não chegaram a ser gerenate.
Essas pessoas são tratadas como uma multidão de fracassados.
Quando olha para a prórpia vida, a maioria se convece de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro importato nem a casa maravilhosa.
O mundo precisa de pessoas mais simples e transparentes.
Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos de vida e não para impressionar os outros. São pessoas que sabem pedir desculpas e admitir que erraram.
É uma pena que a maior parte das pessoas escondem suas raizes.
O resultado é um mundo vítima de depressão, doença que acomete hoje 10% da população.
Em países como Japão, Suécia e Noruega, há mais suicídio do que homicídio. Por que tanta gente se mata?
Parte da culpa está na depressão das aparências, que acomete a mulher que, embora não ame mais o marido, matêm o casamento, ou o homem que passa décadas num emprego que não o fz sentir realizado, mas o faz se sentir seguro.
Paranóia e depressão cada vez mais precosse.
O pai quer preparar o filho pra o futuro e mete o menino em aulas de inglês, informática e mandarim. Aos 9 ou 10 anos a depressão aparece.
A única coisa que prepara a criança para o futuro é ela poder ser criança. Com a desculpa de prepará-los para o futuro, os malucos dos pais estão roubando a infância dos filhos.
Essa crianças serão adultos inseguros e farão discursos hipócritas.
Aliás a hipocrisia já predomina no mundo corporativo, que virou um mundo de faz de conta, a começar pelo processo de recrutamento. É contratodo o sujeito com mais marketing pessoal. As corporações valorizam mais a auto-estima do que a competência. Um exemplo:
"Numa entrevista, uma moça respondia a todas as perguntas com uma ou duas palavras. Disseram que ela não parecia demonstrar interesse. Ela respondeu estar muito interessada, mas como falava pouco, pediu que pesassem o desempenho dela e não a conversa. Até porque ela era condidata a um emprego de contabilidade, e não de relações públicas. Foi contratada na hora."
Num processo clássico de seleção ela não passaria da primeira etapa.
É contratado quem é bom em conversar. em fingir. Da mesma forma, na maioria das vezes, são promovidos aqueles que fazem o jogo do poder.
Existe um modelo de gestão que premia pessoas mal preparadas. Ele cria pessoas arrogantes que não têm a humildade de se praparar, que não têm a capacidade de ler um livro até o fim e não se preocupam com o conhecimento.
Muitas equipes precisam de motivação, mas o maior problema no Brasil é competência.
Cuidado com os Burros Motivados
Há muita gente motivada fazendo besteira.
Não adianta você assumir uma função para a qual não está preparado.
Falta às pessoas a verdadeira auto-estima.
Se precisam que outra pessoa o diga que é o melhor, sua auto-estima está baixa.
Antes o ter conseguia substituir o ser.
O cara mal-educado dava uma gorjeta alta para conquistar o respeito do garçom.
Hoje, como as pessoas não conseguem nem ter e nem ser, o objetivo de vida se tornou o parecer.
As pessoas parecem que sabem, parecem que fazem e parecem que acreditam. E poucos são humildes para confessar que não sabem.
Há muitas mulheres solitárias no Brasil que preferem dizer que é melhor assim. Embora a auto-estima esteja baixa preferem dizer que está tudo bem.
Esso vem do vazio que sentimos. A gente continua valorizando os heróis.
A gente tem que parar de procurar heróis. Porque se o super-herói não segura a onda, todo mundo o considera um fracassado. O conceito muda quando a expectativa não se comprova.
A gente não é super-herói e nem superfracassado. A gente acerta, erra, tem dias de alegria e dia de tristeza. Não há nada de errado nisso!
Todos têm suas angústias e inseguranças.
Mas aceitá-las faz a vida fluir facilmente.
As pessoas para se livrarem dessa tinaria da aparência o primeiro passo é pensar nas coisas que fazem as pessoas cederem a essa tirania e tentar evitá-las.
São três fraquezas:
A primeira é precisar de aplauso, a segunda é precisar se sentir amada e a terceira é buscar segurança.
Muitas pessoas têm buscado sonhos que não são seus. Pois a sociedade quer definir o que é certo.
São três loucuras da sociedade:
A primeira é: isntituir que todos têm que ter sucesso, como se eles não tivessem significados individuais;
A segunda loucura é: você tem que estar feliz todos os dias;
A terceira é: você tem que comprar tudo que puder.
O resultado é esse consumismo absurdo.
Não há um caminho para fazer as coisas. As metas são interessantes para o sucesso, mas não para a felicidade.
Felicidade não é uma meta, mas um estado de espírito.
Tem gente que diz que não será feliz enquanto não casar, enquanto outros se dizem infelizes justamente por causa do casamento.
Você pode ser feliz tomando sorvete, ficando em casa com a família ou com verdadeiros amigos, levando os filhos para brincar ou indo a praia ou ao cinema.
A felicidade é feita de coisas pequenas. Ninguém na hora da morte diz se arrepender de não ter aplicado o dinheiro em imóveis ou ações, mas sim de ter esperado muito tempo ou perdido várias oportunidades para aproveitar a vida.

Entrevita com Roberto Shinyashiki para a revista Isto É.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Powered By Blogger